quarta-feira, setembro 25, 2013

Aniversário parte II

Tinha contado como tinha sido o meu dia se aniversário, mas como tinha escrito aquilo durante o almoço não sabia como ia terminar. Bom, agora digamos que já sei! E que aniversário, foi no mínimo peculiar, no mínimo diferente!
Fui jantar com a Pepa, uma das voluntárias espanholas que conheci no Rainbow (a Cristina foi fazer trekking por isso é que não jantou connosco).
Fomos jantar ao Silk Road, um local muito giro, boa onda, relaxante, fica na parte hippie de Lakeside, por isso muito cool.
Fomos para a parte das traseiras, para o jardim. Fizemos o pedido, e esperámos qualquer coisa como mais do que uma hora para sermos servidas (por aqui já é hábito esperar séculos pelas coisas, por isso já não incomoda, é o Nepali Time), mas a espera não foi o pior.
Havia por lá dois cães a correr de um lado para o outro, mas mais uma vez isto não foi o pior! Os cães andavam de facto de um lado para o outro, malucos, às tantas, a Pepa diz que há qualquer coisa que não está a bater certo,disse também que tinha visto qualquer coisa no chão a mexer-se e que não estava a gostar lá muito da coisa, quando ela diz isto ouvimos uma espécie de guincho estridente! A Pepa automaticamente levanta-se do seu lugar e muda-se para o outro lado da mesa, e eu rapidamente levanto os pés do chão e meto-os em cima da cadeira! Não vimos nada de concreto, mas sabíamos perfeitamente do que se tratava!
Olhamos para o lado e vimos um grande aparato, eram cães, pessoas e lá estava ele! O rato pequeno que tinha passado por nós a guinchar! Ficámos com um nó no estômago, e saímos do jardim e  fomos para dentro (tal como eu, a Pepa tem aversão a este bicho).
Aquilo que eu menos precisava/queria ver nos meus anos aparece, no restaurante, onde estou a jantar!! Enfim, ainda nos valeu umas gargalhadas, mas é a não repetir, isso é certo!
Quando fomos para dentro percebemos que havia mais alguém a festejar o aniversário no mesmo sitio que eu! Uma nepalesa que também faz anos a 21 de Setembro! Bem ainda tive direito a bolo, doce de mais mas não me posso queixar!
Sem dúvida um aniversário diferente do habitual, mas não menos divertido! Gostei!

terça-feira, setembro 24, 2013

Uma semana e meia

Acabei de constatar que me resta apenas 1 semana e meia de Nepal!! Meu Deus! O tempo passa a voar! Não quero ir embora, não quero voltar para o "mundo real" :'(
Agora é aproveitar bem estes dias que faltam e torná-los inesquecíveis!
E é isto por agora! Mais logo deve meter qualquer coisita, vai depender da net, não de mim :p

sábado, setembro 21, 2013

O dia que nos perdemos na Selva

Esta história podia ter sido em Chitwan, mas não, foi mesmo em Pokhara!
O dia parecia promissor (e foi), mas tornou-se numa grande aventura! Eu a Cristina e a Pepa, duas voluntárias espanholas no Rainbow, depois de deixarmos os meninos na escola, combinámos visitar outros dois lagos nas redondezas de Pokhara (10km segundo a Lonly Planet), o Rupa Tal (o mais longínquo) e o Begnas Tal. Sabiamos que ambos estavam a uma montanha de separação, o que não sabíamos era o que ainda estava para vir!
Esta história podia ter sido em Chitwan, mas não, foi mesmo em Pokhara!
O dia parecia promissor (e foi), mas tornou-se numa grande aventura! Eu a Cristina e a Pepa, duas voluntárias espanholas no Rainbow, depois de deixarmos os meninos na escola, combinámos visitar outros dois lagos nas redondezas de Pokhara (10km segundo a Lonly Planet), o Rupa Tal (o mais longínquo) e o Begnas Tal. Sabiamos que ambos estavam a uma montanha de separação, o que não sabíamos era o que ainda estava para vir!
Apanhámos um autocarro em direção a Rupa Tal, devíamos ter ido no que ia para Begnas Tal, mas não quisemos esperar mais 10min, então seguimos nesse. Pouco mais do que uma hora de viagem alucinante no autocarro local (diga-se como autocarro da Carris), mas este pára em tudo o que é sitio, é como um táxi mas mais barato!
Chegadas ao destino, ou quase, dado que, segundo os senhores do autocarro que nos deixaram no meio do nada, tínhamos que andar uns 30 minutos para chegar a Rupa Tal. Mas assim fizemos, metemo-nos a caminho. Paisagens magnificas, tudo muito bonito. Pelo caminho fizemos uma "amiga", uma senhora local que nos acompanhou maior parte do caminho (ou pelo menos até chegar ao seu destino e nos abandonar à nossa sorte). Dissemos à dita senhora que queríamos ir para Begnas Tal, e perguntámos qual o caminho mais adequado para lá chegar a partir dali, Rupa Tal (lago muito bonito, e nada turístico). A senhora disse, em nepalês claro está, que Begnas Tal fica depois da montanha! Bem, nós já sabíamos que ambos estavam separados por uma montanha, pensámos, alugamos um barquito, atravessamos Rupa Tal de barco e é só atravessa a montanha. Fácil! A senhora local levou-nos até uma casa/loja/nãoseibemoqueeraaquilo e em nepalês conversou sabe Deus sobre o quê com a outra senhora. Intervimos na conversa, dissemos que queríamos ir dali para Begnas Tal, se não podíamos alugar um barco e ir até à outra margem para atravessar a montanha! A 2ª senhora levantou-se do chão, e foi não sei onde. Voltou. Não há barco para ninguém, o porquê não sei, não falo nepalês, e nem o meu livrinho, de inglês-nepalês que aqui comprei nos safou. À 1ª senhora local, juntou-se-no um outro senhor, que já falava mais ou menos inglês, que nos explicou: têm de seguir este caminho todo, atravessam a montanha e chegam a Begnas Tal! "Então mas e quanto tempo a andar?" perguntámos nós. A resposta "Umas duas horas no máximo". Nota: Encontrámos diversas pessoas pelo caminho, perguntámos a todas elas quanto tempo de caminho, a resposta foi igual e  qualquer lado: 2horas! Aparentemente aqui levas 2horas a chegar a qualquer lado, é o Nepali time a funcionar!
Continuámos a andar, as 3 mais a senhora e o senhor, e nos entre tantos eles conversavam, em nepalês claro está, no meio tanto conversa ouvimos 2 palavras que nos deixaram alerta, uma jungle (pt.selva) e outra tiger (pt.tigre). Oi? o que é que disseram mesmo?? Ah sim, tenham cuidado, sabem isto é uma selva, aqui há tigres e macacos, têm que ter cuidado! Resposta do senhor que falava mais ou menos inglês!
Caminhámos, caminhámos, o senhor, foi o primeiro a chegar ao seu destino e a abandonar o "barco". Seguimos caminho com a 1ª senhora, que momentos depois, nos abandonou à nossa sorte, no meio da selva! Mas sem antes nos explicar o caminho, em nepalês, e meio que entendemos o que disse, para seguirmos o caminho de terra.
E ali estávamos nós, 3 raparigas, abandonadas à nossa sorte, no meio da selva, a pensar que só tínhamos de andar durante 2h até Begnas Tal! Durante o caminho todo estivemos alerta, a qualquer som que poderíamos ouvir, não fosse um tigre aparecer do nada! Pois tigres! Ia a Cristina à frente, ia eu e atrás a Pepa. Passa a Cristina, e vou eu, a olhar para o chão, vejo um pau preto no chão que por mero acaso quase quase que pisei, qual é o meu espanto, que o pau preto é demasiado grande e gordo, e mexe-se a uma grande velocidade! Era uma cobra! Preta, gigante, gorda e nojenta, que quase pisei, e começou a mexer-se entre mim e a Pepa, tal não foi a gritaria, de uma e da outra (não é difícil adivinhar quem gritou mais!!).
A primeira senhora, tinha-nos falado de uma ponte, que devíamos atravessar! Selva e mais selva depois (sem tigres e sem mais cobras), lá avistámos a ponte, que das duas uma, ou íamos até ela pelo caminho mais longo, ou então atravessávamos campos de arroz e era mais rápido. Como já estávamos cansadas, sem água e sem comida, decidimos ir pelos campos de arroz! Agora vem a parte gira, há sempre uma primeira vez para tudo. Estava eu andar, para variar, não vi o caminho, e no momento seguinte estava eu dentro de água a "nadar" num campo de arroz! Gargalhada geral claro está!
Voltámos para trás, caminhamos mais um bom bocado e lá alcançamos uma ponte, que ia dar a uma escola, numa aldeia com 3 ou 4 casas. Um dos professores (que falava bem inglês, aleluia alguém!), disse-nos que era só seguir o caminho do autocarro e em 30minutos estávamos em Begnas Tal! Esperança, vimos luz ao fundo do tunel! Mas então, isto é uma montanha, não temos que subir ? Não, não sempre a direito-foi a resposta dele. Qual quê, foi a 2ª montanha que tivemos de subir e descer (a primeira foi depois de Rupa Tal até à tal ponte que atravessámos).  Ao menos não durou duas horas!
Mais à frente, no meio da montanha, começámos a a avistar Begnas Tal! Uau finalmente!!
Vimos também uma guesthouse, decidimos parar por lá e comer qualquer coisa. Lá conhecemos um britânico e um sérvio, que vinham de mota desde Pokhara, que nos disseram que até à estação de autocarros de Begnas Tal (o local para onde queriamos ir) eram mais umas (qual não é o espanto) 2 horas de caminho! Yeah right! Conclusão: fomos de barco, até à outra margem, uns 40minutos super relaxantes.
Mas antes, ainda nos sentámos na guest house, com uma paisagem linda a comer. A Pepa avista um gato e diz: Oh look a tiger! E um senhor nepalês muito indignado diz It's not a tiger, that's a cat!! With a mouse on his mouth! and it's alive!! Escusado será dizer, gargalhada geral! A sério que era preciso tanto detalhe quando estávamos a comer ?? Enfim!
Depois da relaxante viagem de barco, lá chegámos ao destino, salvas, e sem encontros com tigres, mas com uma grande história para contar!
Rupa Tal (o 1ºlago) e a suposta única montanha que tinhamos de atravessar, mas afinal eram duas

O campo de arroz no qual caí!
A selva!

Um dos caminhos/escadas que tivemos de subir na 1ª montanha

A ponte que a 1ªsenhora tinha falado que tinhamos de atravessar, era esta!

Begnas Tal e o barco que nos levou ao destino

Autocarro que nos levou a Pokhara com direito a AC (diga-se buracos no chão)

O "Zipthing" e o meu aniversário

E hoje é o meu aniversário, não sei bem o que sinto. É certo que adoro fazer anos, mas este ano não sei bem o que sinto. Sinto-me feliz por ter feito o Zipflyer, gostei de sentir aquela adrenalina. Já sentia falta desse sentimento. De me sentir viva!
Mas ao mesmo tempo sinto uma nostalgia e saudade de casa, é a primeira vez que passo o meu aniversário longe de casa, longe da família e longe dos meus amigos. Uma das coisas que sempre mais me assustou/a é a solidão, o sentir-me sozinha, e desde que aqui cheguei nunca o senti (mesmo estando a viajar sozinha), e hoje meio que sinto meio que não sinto. Sinto-me realizada, pois estou a concretizar um sonho antigo. Aqui a minha vida não é aborrecida! Se me perguntasse, hoje, quando foi a ultima vez que fiz alguma coisa pela primeira vez a resposta seria qualquer coisa como: "Hoje, ontem, antes de ontem, e por aí fora...". Já há muitos anos que não podia dizer isto!
Aqui todos os dias são diferentes, todos os dias faço algo diferente, acontece algo diferente, experimento algo diferente, conheço alguém diferente.
O que é certo é que hoje não sei como vai acabar o meu dia, é esperar para ver. Afinal é o meu aniversário e não é todos os dias que se fazem 22 anos!
Agora deixando os sentimentos de lado, vou falar do Zipflyer! Wow é a palavra certa para descrever (tenho-me apercebido que digos muitos wow, se calhar porque acho tudo isto fascinante!).
Estava ansiosa claro, e muito, tenho um medo terrível de alturas! Só dizia "what the hell am I doing here!?". A viagem num jeep, para lá, foi uma tortura, fica a caminho de Sarangkot (onde se vê o nascer do sol), logo é bastante alto, logo é alto como tudo, logo há estradas de montanha, péssimas, terra e pedras! Não sei o que é mais assustador, se a atividade em si, se a viagem até lá!
Chegada lá acima, as timidas montanhas dos Himalaias (timidas porque mais uma vez estavam se escondiam atrás de densas nuvens), espreitavam, acho que apenas para me desejar um feliz dia de aniversário, porque nem meia hora mais tarde já estavam completamente tapadas com as ditas nuvens!
A paisagem é de cortar a respiração,  Pokhara é de facto um local lindo! O tempo de espera pareceu eterno, uma verdadeira tortura! Na prática não foi assim tão longo. O senhor responsável lá pelo "Zipthing" (como eu carinhosamente chamo àquela coisa), deu-nos o briefing, o que devíamos fazer, o que devíamos NÃO fazer, como devia ser o nosso comportamento, coisas assim.
Mais momentos de espera. Dois homens que lá trabalham foram primeiro para fazer o teste de segurança, checkar a cena! Estava tudo ok. Boa, bora lá então!
Anunciaram que iam chamando as pessoas. Primeiro foram duas senhoras, não percebi se amigas, se mãe e filha, elas já tinham alguma idade, aliás, de notar que era tudo 30's para cima, eu era a mais novinha.
Senhoras despachadas: Marta and Sagar! OMG IT'S ME! foi o que disse!
Subi as escadas em jeito: Highway to Hell, aquilo à primeira vista é aterrador! Subidas as escadas, vou para o Lugar 1, chega a cadeirinha ou lá o que é aquilo,  mandam-me sentar, obedeço, apertam-me os cintos todos, e de novo um briefing - Quando as portas abrirem as portas mantém as pernas esticadas e abertas, a corda vermelha para travar caso abanem a bandeira branca a corda verde caso ficas parada a meio do caminho! Aproveita a viagem, mas quando passares o rio fica atenta à bandeira branca. "Então mas e se eu não vir a bandeira ?!" - Ah vês vês, não te preocupes! Alguma questão? "Sim! Posso fugir agora ??" -(risos) não, só há uma saída, esta! - "Ok então!" -Prontos? ok então em 5,4..."OMG NOOO"...3,2,1 OH MY GODDDD AHHHH!!" foi a contagem da tortura!
Eu sabia que quando ele dissesse 1 a porta abria e eu iria começar a deslizar, não havia volta a dar. O friozinho na barriga foi engraçado, os primeiros segundos uma comédia autentica, gritos misturados com gargalhadas, por momentos pensei que ia gritar o caminho todo! Mas não. Fechei os olhos. Respirei fundo. Abri os olhos. "WOW" foi o que eu disse, parei de gritar e estava a aproveitar aquele momento único, momento só meu. A paisagem, a adrenalina a correr-me nas veias. Sensação única, sensação maravilhosa., liberdade foi o que senti, senti-me livre!
Fui o caminho todo a rir, era impossível, não ser assim, pois foi um momento que me deixou muito feliz. Foi uma maneira diferente de começar o meu dia, e especialmente o meu aniversário!



Annapurna Range














sexta-feira, setembro 13, 2013

I ♥ POKHARA!

É só isto que tenho a dizer desta cidade! Nunca na minha (curta) vida toda pensei gostar tanto de uma cidade, que se pode chamar cidade do interior!
Isto é o Nepal a sério, e amo!


Não me importava nem um bocadinho de viver aqui, aliás, acho que seria muito feliz por aqui. Seria não. SOU!
Esta cidade tem tudo, serve a qualquer um, qualquer pessoa aqui seria/é feliz. Não me importava nada de cá morar (desculpa familia/amigos :p).
Estou neste momento a escrever este texto num local magnífico, daqui vejo o imenso Phewa Lake, as bonitas e verdes montanhas e rodeiam a cidade, um pôr-do-sol de cortar a respiração, uma luz do sol radiosa, parece um retrato de uma revista do National Geographic.
Entretanto anoitece e vem o espectáculo de luzes protagonizados pelos lindos e simpáticos pirilampos (nunca vi tantos na minha vida, é lindo!). 
Aqui, em Pokhara, respira-se ar puro, e vive-se, a vida como ela é, única! Intensamente e sem preocupações. Aqui perdemos a noção do tempo, e abraçamos a vida como em nenhum outro lugar.
É certo que o 1º dia não foi um mar de rosas, aliás quando cheguei ao hotel, chorei, chorei a noite toda, porque não gostei da cidade, não gostei de nada. Odiei! Odiei-me a mim mesmo por me ter metido numa destas, mas ainda bem que o fiz, pois foi a melhor decisão que alguma vez tomei, foi a melhor coisa que alguma vez podia ter feito com a minha vida, é o melhor que me está acontecer. Só estou aqui há duas semanas e já vivi mais do que em 21 anos de vida (quase 22), aprendi mais do que em 15/16 anos de escola e cresci mais do que estes anos todos que passei em Portugal!
Amanhã ou depois escrevo sobre as últimas aventuras por aqui, e tenho de fazer um post do trabalho no Rainbow Children Home (que está a acabar e eu não queroooo!
Até logo ♥

quinta-feira, setembro 12, 2013

Resumo da Viagem

Resumo da minha viagem até agora: picadas de mosquitos por todo o lado (o repelente não funciona comigo!), arranhões por todo o lado, hematomas (uns maiores que outros) por tudo quanto é sitio, uma queimadura no tornozelo e um galo na cabeça devido a duas cabeçadas gigantes em 2 dias diferentes mas no mesmo sitio, queda num campo de arroz (bem nunca tinha nadado num, há sempre 1ªx para tudo), andámos perdidas na selva (com tigres incluídos, tivemos a sorte de não ver nenhum) e um susto monumental por causa de uma cobra preta gigante! E é isto, ainda me faltam 3 semanas pela frente, vamos ver o que me reserva o futuro!! ahahha
Mais logo se tiver tempo falo um pouco de Pokhara e como têm sido as minha 2 semanas por aqui! Gosto tanto de aqui estar que já não vou a Lumbini e vou prolongar a minha estadia por aqui!
Até logo 

quarta-feira, setembro 11, 2013

Faz hoje uma semana que estou no Nepal! Sei que prometi escrever diariamente mas nem sempre é fácil escrever quando se está em viagem, parece, mas não é!
Bem, Uau! nem sei como descrever esta experiencia! Tem sido magnífica! Supera qualquer expectativa que posso alguma vez ter tido!
Aqui sinto-me em casa, como nunca pensei sentir-me, as pessoas que tenho aqui conhecido parece que as conheço desde sempre!
Cheguei a Kathmandu há precisamente uma semana, assustada com o que me esperava, com o desconhecido, com o incógnito! Agora posso dizer que após uma semana já trato o Nepal por tu, como uma segunda casa.
Começando por Kathmandu! Wow que cidade! Peculiar é dizer pouco, nunca vi tanta diversidade na minha vida, cores vibrantes por tudo o que é sítio, diferentes cheiros, desde o aroma a caril na zona de restaurantes, aos incensos a queimar na rua à porta, ao cheiro insuportável do lixo nas ruas menos turísticas.
Aqui as pessoas são muito felizes, não digo apenas em Kathmandu, mas no Nepal em geral, tem sempre um sorriso nos lábios e um simpático Namaste sempre que me vêem (a mim e outros, não há exclusividade) passar!
O primeiro dia na cidade foi muito preenchido e agitado, visitei todos os locais principais de interesse. Desde o Swayambhunath (o templo dos macacos), a Boudhanath a maior stupa budista onde quem reina são monges tibetanos, até Pashupatinath, o local das cremações hindus de todo o Nepal. Foi ainda tempo de visitar Patan e a sua magnifica Durbar Square, podemos dizer que é uma espécie de praça principal, e igualmente (mas muito mas confusa) a Kathmandu Durbar Square, o visitei entre museus e templos a casa da Deusa Viva (uma criança com não muito mais do que sete anos
O 2º dia era hora de partir para Pokhara, onde estou de momento a fazer voluntariado. A viagem posso dizer que foi uma tortura, a serio! Há um programa no Discovery ou algo do género que é “A Estrada da Morte”, que é sobre camionistas em estradas remotas e perigosas pelo mundo, eu senti que estava nesse programa, a sério fui tão surreal que até tive que rir, juro que muitas das vezes que olhava para a janela pensava “ok é desta, já fui”, mas não, estou aqui de perfeita saúde, no quarto da Guest House a ouvir musica nepalesa vinda de uma outra casa (estamos numa semana de festival por aqui, aliás todas as semanas são semanas de festival por aqui!). Ah estivemos, à saída de Kathmandu, parados no mesmo sitio 2h tal era o transito, a viagem foi estupidamente longa, e nem vou falar nas casas de banho, porque não quero ferir suscetibilidades, porque nunca na minha vida toda pensei frequentar sítios assim, depois disto, posso tudo!
Nunca vi pessoas como estas, sempre alegres, sempre bem dispostas, sempre positivas, e sempre em festa! Praticamente todas as semanas estão a celebrar algo por aqui.
Os dias em Pokhara não começaram perfeitos, na realidade quando cheguei fiquei desiludida, como tudo, estou no interior e isto sim, é o Nepal real, é o tipo de cidade que primeiro estranha-se e depois entranha-se, e na realidade, hoje estou a amar, de tal forma que vou ficar cá mais tempo (acabei de ouvir uma vaca a mugir à grande algures aqui perto), do que aquilo que eu esperava.
Não vou aprofundar o meu voluntariado, quero fazer um post apenas sobre isso, mas o facto e que vou sentir muita falta dos meninos. E o que parecia algo que ia começar mal, acabou por se tornar numa das melhores experiencias de sempre.

E caso para dizer I <3 Nepal!

domingo, setembro 01, 2013

:)

Olaa! Ando um bocadinho ausente, mas não tenho tido muito tempo para escrever aqui! Tenho tirado imensas notas no meu caderno e amanhã quando estiver a caminho de Pokhara escrevo sobre Kathmandu, que muito resumidamente posso dizer que AMO! É mesmo uma cidade peculiar, mas absolutamente maravilhosa. Amanhã parto para Pokhara (onde vou fazer voluntariado) e já sinto saudades de Kathmandu! O Nepal é um país maravilhoso e com pessoas super prestáveis e simpáticas (claro que há excepções como os nada simpáticos senhores do aeroporto ou os abusados no meio da rua, que por sinal no fim de tudo até se mostram respeitadores quando percebem não há interesse nenhum, vão à vidinha deles)! Até agora está a correr tudo bem, também só estou aqui há um dia e meio, mas espero que continue tudo a correr bem porque estou sinceramente a amar estar por aqui!
Amanhã quando meter aqui o post sobre Kathmandu já estarei em Pokhara (viagem que dura 8h e a distância é curtíssima! ), cidade no interior do Nepal e "capital" do trekking, outra cidade que sei qe não vai desiludir!
Até amanhã